Desde pequeno costumava participar de acampamentos durante a temporada de carnaval, eram acampamentos organizados pela igreja que eu frequentava, cujo objetivo era manter os jovens da igreja longe das festas de carnaval e suas possíveis "consequencias prejudíciais".

Independentemente da razão pela qual eu participava, o certo é que eu adorava (e ainda adoro) acampar. A natureza sempre me atraiu, gosto e sempre gostei de sentir a energia que a ela transmite e não é a toa esse tipo de sentimento, pois já foi comprovado cientificamente que o contato do homem com a natureza faz muito bem pra saúde.

Há mais ou menos três anos atrás, recebi um convite de um ex-colega de faculdade para participar de um grupo  de trilhas de Florianópolis, o Fazendo Trilhas. Esse grupo existe já há a algum tempo e participar de trilhas com o grupo é sempre uma excelente idéia, pois além das trilhas na grande Florianópolis, o grupo também se aventura em outras cidades e estados.

Em Fevereiro de 2011 resolvi acampar e participar de algumas trilhas com o grupo na Serra Catarinense durante o Carnaval daquele ano, o Destino: Serra do Rio do Rastro. Pra quem não sabe, a Serra do Rio do Rastro é uma rodovia de mais ou menos 8 km, com aproximadamente 250 belas e perigosas curvas que começa no município de Lauro Muller e termina em Bom Jardim da Serra. Além de ser considerado um dos mais belos cartões postais de Santa Catarina, a estrada foi escolhida por um Jornal Espanhól como a estrada mais assombrosa do mundo e até o RedBull
Hill Climb resolveu se aventurar por lá.



Ao chegar no topo da estrada, a visão que se tem lá do alto é de tirar o fôlego, tudo parece paisagem de filme, as curvas, as arvores, os cânions, a sensação é de paz profunda.












No mirante o encontro com os pequenos moradores locais, os Quatis é inevitável. Esses bichinhos em busca de comida cercam os turistas e fazem do passeio algo ainda mais especial.





A região é recheada de lindas trilhas, rios e cachoeiras. No nosso primeiro dia não perdemos tempos, mal largamos nossas malas e já fomos nos aventurar.













Existia um certo perigo em determinadas áreas da trilha, por isso contratamos um guia local que foi de grande ajuda.




A neblina dava a sensação dos cânions estarem envoltos em algodão doce, deixando a paisagem ainda mais espetacular.









Sem dúvidas, um dos lugares mais extraordinários que visitei.