LETS GO RAFA

Antes mesmo de me mudar para a Austrália, já havia fixado como meta que iria aproveitar o tempo que passarei aqui e conhecerei tudo o que me for possível conhecer. Fixei esta meta, pois morei por mais ou menos 8 anos na região de Florianópolis, uma das cidades mais bonitas do Brasil, e durante esse tempo mal conheci os principais pontos turísticos da cidade. Um pouco antes de deixar a cidade, refleti bastante e prometi para mim mesmo que daqui para frente as coisas serão diferentes nos próximos lugares em que morar.

Bom, estou aqui em Sydney há quase um mês, não é tanto tempo assim, mas já conheci os principais pontos turísticos da cidade, como a Harbour Bridge e a Darling Harbour, por exemplo. A cidade é muito grande, e eu tenho muito ainda pra conhecer, mas como ficarei no mínimo mais 1 ano aqui, estou indo com calma.

Há 2 dias atrás o pessoal aqui de casa resolveu conhecer o Australian Museum aqui de Sydney. Como eu ainda não estou trabalhando e também nunca fui em um museu antes na minha vida, acabei topando o convite.

O Australian Museum ou Museu Australiano, é o museu mais antigo da Austrália, foi fundado em 1827, pois o secretário de estado das colônias da época enfatizava a importancia de um museu para o país. Hoje o museu tem reputação internacional nos campos de história natural e antropologia. O museu também apresenta uma vasta coleção de animais, insetos e vários bichos derivados da Austrália. Alguns vivos, como cobras, aranhas e muitos outros empalhados para exposição, como Cangurus, pássaros e outros.

O museu também apresenta vários artefatos e conta algumas histórias dos nativos aborígenes, o povo nativo da Austrália, assim como réplicas e até alguns fosseis reais de dinossauros.

Para entrar no museu você paga cerca de $16 dólares australianos, mas caso tenha uma carteirinha de estudante, você paga meia entrada. A visita dura cerca de 2 horas e meia e você ficará bastante satisfeito com a estrutura e a quantidade de informações que o lugar oferece.

Eu sempre tive medo do mar, e mesmo após me mudar para uma cidade litorânea, o medo ainda continuava lá.  Lembro as inúmeras vezes que atravessar de ônibus a ponte que ligava o continente a ilha de Florianópolis para trabalhar e pensamentos malucos, como que o ônibus cairia no mar, passava pela minha cabeça. Até hoje não sei o porque eu pensava isso... Dizem que o ser humano teme o desconhecido, e talvez seja porque o mar ainda é mistério para muitos e especialmente para mim, me fazia pensar assim.

O fato é que após me dar por conta que eu já estava quase nos meus trinta e que minha vida estava sem graça, resolvi começar a fazer todas as coisas legais que me desse vontade e isso incluía mergulhar. Então aquele sentimento de medo que sentia pelo mar foi se transformando em um sentimento de curiosidade e aventura.

Apesar de ter feito essa meta de mergulhar antes dos meus trinta, somente fui concretizá-la com meus 31 anos, poucos dias antes de vir para Sydney na Austrália, cidade onde moro atualmente. Talvez o fato de sempre "deixar as coisas pra depois" aliado ao de não ter nenhum amigo que compartilhasse do mesmo desejo, fez com que essa meta fosse concretizada um tempo depois do planejado, mas fico feliz que de fato ela foi!

Na região da grande Florianópolis existem várias empresas que prestam serviços de mergulho, então não foi uma tarefa difícil escolher uma. Como a maioria das pessoas fui atraído pelo melhor preço. Encontrei na página do Facebook da empresa de mergulho Submarine, uma promoção de "batismo de mergulho", ou seja, um mergulho de cilindro para iniciantes por R$150 reais, um preço de cerca de R$100 reais mais barata que as outras empresas de Florianópolis. Após escolher a empresa e realizar o pagamento foi só agendar o mergulho.

A princípio o mergulho seria realizado na Ilha o Arvoredo, uma das ilhas que formam a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, localizada a 11 quilômetros ao norte da Ilha de Santa Catarina, porém o tempo estava muito ventoso e o mergulho teve que ser realizado em um local mais na costa da cidade de Bombinhas - SC.

Posso afirmar que fiquei satisfeito com meu primeiro mergulho, na verdade a água estava um pouco turva, o que dificultou a visualização da fauna marinha, mas foi possível ver muitos peixes lá em baixo. Em minha mente eu sempre imaginava que mergulhar era algo muito fácil e que não oferecia risco nenhum a segurança física, mas acabei mudando de idéia a medida que me aprofundava no mar. Eu não tinha prestado muita atenção nas dicas de segurança que a pessoa que conduzia meu mergulho havia me passado antes de eu pular no mar, então no momento do meu mergulho a pressão da água fez com que meus ouvidos parecessem que iriam explodir de tanta dor. O mergulhador me levou para a superfície, me passou novamente as dicas de segurança, certificou-se que eu havia as entendido então novamente descemos no fundo do mar, dessa vez sem mais dor nos ouvidos. Lá embaixo do mar o sentimento era de realização pessoal e muita paz.